segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Obesidade Infantil.


A obesidade, doença que afecta seis em cada dez portugueses, custa ao Estado 350 milhões de euros por ano."Se não houver já um investimento no tratamento da obesidade estima-se que podemos até 2025 aumentar os custos nacionais com a doença para os 750 milhões de euros", dizem os especialistas.

Com o crescimento das taxas de obesidade infantil em Portugal, especialistas prevêem uma "onda" de obesos no futuro, se entretanto não forem tomadas medidas para impedir que mais crianças e adolescentes ganhem peso excessivo.

Portugal é vice-campeão europeu de Obesidade Infantil.
Cerca de 36 por cento das crianças portuguesas entre os sete e os nove anos têm excesso de peso ou obesidade. São também cada vez mais os casos infantis de diabete do tipo 2, doença associada à obesidade. O problema coloca-se com maior gravidade entre as crianças do sexo feminino.

Entre 1970 e 2002, o peso das crianças portugueses aumentou mais do que a altura, tendência que se acentuou na última década. O estudo foi realizado entre Outubro de 2002 e Junho de 2003 por equipa interdisciplinar de seis investigadores de Antropologia, Biologia, Desporto e Ciências da Nutrição das universidades de Coimbra, Porto, Évora e Trás-os-Montes e Alto Douro e do Instituto de Investigação Científica e Tropical.

No estudo foram considerados o peso, a altura e o índice de massa muscular de 4500 crianças de escolas públicas de todo o país. Os resultados demonstram que Portugal acompanha a tendência de obesidade infantil dos países mediterrânicos.

Os dados da International Obesity Task Force apontam a Itália como o país com maior prevalência de excesso de peso e obesidade infantil (37 por cento), seguida Portugal (36 por cento) de Malta (35 por cento), Grécia (31 por cento), Espanha (30 por cento) e Croácia (27 por cento). Os números da IOFT referem-se a estudos efectuados em 21 países europeus nos últimos 12 anos.

Nos dias de hoje a obesidade infantil é um problema. Como se sabe crianças obesas poderão ser adultos obesos. A predisposição genética para a obesidade existe, mas os especialistas insistem em dizer que o estilo de vida das crianças hoje está longe de ser saudável e potencia os riscos genéticos. Os estilos de vida actuais das famílias, a cultura consumista e os tipos de relacionamentos contribuem para a obesidade desde a infância. Os jovens têm cada vez mais uma vida sem movimento Dados da actividade física em Portugal demonstram que só 20% dos jovens entre os 14 e 18 anos fazem exercício físico três ou mais vezes por semana. Em contrapartida o facto dos pais manterem os filhos dentro de casa argumentando com a sua segurança, faz com que as crianças brinquem de forma a não gastar calorias e a ficarem sedentárias ficando em casa a ver televisão, em vez de irem à escola a pé vão de automóvel, etc

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